Professora Idalina Fazenda

É com agrado e alegria que verifico que finalmente a terra onde nasci, Palmaz, está a desenvolver. Leiam a notícia.

"Hotel de energias renováveis e unidade de cuidados continuados

Grandes empreendimentos no Caima

Um hotel a funcionar exclusivamente através de energias alternativas e uma unidade de cuidados continuados esperam-se para as margens do Caima. A requalificação ambiental promoverá um parque biológico.

Angela Amorim

Como já divulgámos, o primeiro hotel que funcionará totalmente com recurso a energias renováveis está a ser construído junto ao Rio Caima, num investimento que ultrapassa os 3 milhões de euros, com uma comparticipação comunitária de mais de 1.950 mil euros, conforme pudemos anotar recentemente. Este empreendimento – Hotel Rural ‘Mira Caima’ -, promovido por Carlos Alegria, um investidor privado especialista em engenharia energética, vem enriquecer a freguesia de Palmaz, prevendo-se a sua conclusão ainda para este ano. De acordo o projecto, esta unidade hoteleira disponibilizará 30 quartos, SPA, piscinas interior e exterior, e ainda um ‘house club’, com serviço de restaurante e eventos culturais abertos à comunidade.
Carlos Alegria adiantou à Lusa, recentemente, que o projecto 'foi aprovado pelo Fundo do Turismo por ser o primeiro hotel a funcionar apenas com recursos renováveis', O equipamento possuirá, então, um sistema de gestão inteligente, que incorpora todas as formas de energia, desde a eléctrica, à eólica, passando pela fotovoltaica e a biomassa, segundo declarações do próprio promotor, que não deixa de referenciar a existência da mini-hídrica, que abastecia a antiga Fábrica de Papel do Caima.
Quanto à sua localização, que ocupa parte da antiga propriedade de Bento Carqueja, Carlos Alegria atribui-a a dois factores: 'Primeiro, as minhas origens familiares estão nesta zona. Depois, ainda cheguei a pensar construir ali a minha casa, mas, vendo a beleza daquele lugar, achei que era egoísmo não o partilhar com outras pessoas', assumiu à mesma fonte.
A arquitectura do edifício irá aproveitar a estética da paisagem. 'A meio do hotel passa o canal da mini-hídrica e os hóspedes vão poder ver a água a mover a turbina. Cá fora, vamos reconstruir uma ponte que já lá existiu, criar uma praia fluvial e teremos ainda uma barcaça puxada por cabos para atravessar o rio', revelou Carlos Alegria.

Fundação Alegria investe nos cuidados continuados
Por seu turno, o edifício da antiga Fábrica de Papel do Caima, na mesma área que conta com os investimentos hoteleiros de Carlos Alegria, aguarda a aprovação do Governo para se transformar num centro de formação para o primeiro mestrado português em Cuidados Continuados. O projecto é promovido pela Fundação Alegria, uma instituição de solidariedade social – da qual este investidor é presidente -, e conta com o apoio da Universidade de Aveiro, que assim se propõe leccionar, em ambiente real, o primeiro mestrado em Cuidados Continuados do país. 'Em Portugal há uma carência muito grande de formação nesta área. Mesmo ao nível de toda a Península Ibérica, só a Universidade de Barcelona é que lecciona este mestrado', observa Carlos Alegria.
Numa fase inicial, o investimento na nova unidade de cuidados continuados será de aproximadamente 2.5 milhões de euros, prevendo a lotação de 40 camas.
De reter que a restante área, entre o Hotel Rural e esta unidade de saúde, será requalificada pelo município, implementando-se em todo o espaço um parque/jardim biológico.

A construção do Hotel prossegue a bom ritmo. Este aproveitará todos os recursos energéticos.

Hélder Costa"

in Correio de Azeméis